Os povos antigos viam o tempo como uma roda, um círculo sem começo e nem fim.
Em Beltane, a roda entrava na época clara do ano (verão), marcando um período de crescimento e ação exterior. Já em Samhain a roda cruzava a metade escura (inverno), marcando um período de busca interior e recolhimento.
Podemos dividir a roda em quatro partes centrais representando os quatros grandes festivais celtas, que são: Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnasadh. Os solstícios e os equinócios, numa visão moderna, são divididos em quatro partes transversais, sendo: Solstício de Inverno, Equinócio de Primavera, Solstício de Verão e Equinócio de Outono.
"Os celtas usaram a roda com um símbolo, um amuleto, enquanto que nos festivais, em pleno verão ardente, a roda, rolando em um declive, simbolizava o sol." - A Religião dos Antigos Celtas - J.A. Macculloch.
Os símbolos celtas, geralmente, são formados de espirais simples, duplas e triplas.
Espirais Simples: As espirais em sentido horário representam o sol de verão (a expansão) e no sentido anti-horário o sol de inverno (a proteção). Representam os solstícios.
Espirais Duplas: As espirais duplas representam, o equilíbrio, através dos equinócios da primavera e do outono.
Espirais Triplas: As espirais triplas representam a união dos Três Reinos Celtas, descritos no artigo anterior, em: Símbolos Celtas - 1ª parte.
"Para os celtas, a vida significava movimento e dinamismo e por isso não havia alternativa possível: descartada a opção de ficar quieto, sob pena de ser destruído pela incessante ondulação da existência, a única coisa que restava a fazer, era seguir andando com ela." Os Mitos Celtas - Pedro Pablo G. May.
Fonte do Texto: Templo de Avalon.
Autoria: Rowena Arnehoy Seneween ® Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.
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