MAIS SOBRE AS 7 DEUSAS GREGAS



Achei mais um excelente artigo sobre os arquétipos femininos.
Este é da cirandda da lu (link no final do post).

Um dos instrumentos que está sendo muito utilizado por profissionais da área de saúde com o objetivo de melhor compreender e possibilitar a cura da alma feminina é o estudo dos arquétipos, que são padrões psíquicos que influenciam as crenças, atitudes, valores e predisposições para determinados comportamentos.
Este artigo está baseado no arquétipo de sete deusas gregas, entendendo-as como representações das possibilidades ou como modos específicos de ser mulher. Teremos a oportunidade de através de cada mito pessoas destas deusas, medirem como eles se manifestam na vida de cada mulher, identificando os de maior e menor predominância.
No meu trabalho como terapeuta e com profundo embasamento teórico posso concluir que todos os arquétipos existem em todas as mulheres, manifestando-se segundo seu tipo psicológico e sua história de vida. Existem tipos psicológicos que favorecem o desenvolvimento de um ou outro arquétipo.


Conhecer as deusas e seus atributos proporciona às mulheres o auto conhecimento e, também, o que está por trás de seus relacionamentos de qualquer natureza, mas principalmente no tocante aos relacionamentos afetivos.

Conhecer as deusas, portanto, favorece que a mulher, além de seu autoconhecimento, compreenda seus relacionamentos com homens e mulheres, com seus pais e filhos.

As Deusas Gregas e o Arquétipo Feminino


As deusas gregas são imagens de mulheres que viveram na imaginação humana por mais de 3000 anos. As deusas são modelos ou representação daquilo com que as mulheres se assemelham atualmente na nossa cultura. Elas representam padrões inerentes ou arquétipos que podem modelar o curso da vida de uma mulher, pois todas elas estão potencialmente presentes em cada uma de nós.
Quando diversas deusas disputam o domínio da psique de uma mulher, esta precisa decidir que aspecto de si próprio expressar e quando expressá-lo.
As deusas também viviam numa sociedade patriarcal, portanto representam modelos que refletem a vida numa cultura patriarcal como a nossa.
Na Grécia antiga as mulheres sabiam que estavam sob o domínio de uma deusa a quem veneravam prestando homenagens e oferendas em seus templos, invocando seu auxílio. Estas mesmas deusas, ainda fazem parte da vida da mulher, mas habitam o mundo do inconsciente coletivo como arquétipos (imagens primordiais). Segundo, Carl Gustav Jung, o inconsciente coletivo é a instância psíquica mais profunda que armazena experiências que não são nem pessoais e nem individuais, mas imagens primordiais ou arquetípicas e também os instintos, que não podem ser acessadas quando necessário, entretanto, manifestam-se em sonhos, mitos e fantasias de maneira simbólica. Por isso, no íntimo de toda mulher encontrar-se-ão as deusas. Todavia, em cada mulher, estará uma ou mais deusas ativadas e outras não, e mesmo a ativação terá suas diferenças individuais.

Como as Deusas auxiliaram e auxiliam as Mulheres:


Atenas auxiliava na reflexão sobre uma situação, é a deusa da sabedoria; Perséfone, a se estar disponível e receptiva; Hera, no desempenho dos compromissos e para ter autoconfiança; Deméter, no desenvolvimento da paciência, generosidade e tolerância; Ártemis, na constância do objetivo; Afrodite, na capacidade para o amor, na relação com o próprio corpo e Héstia, para manutenção da paz e serenidade.
As Deusas e a Mulher

Jean Shinosa Bolen, no livro "As Deusas e a Mulher", inova classificando as deusas em:
Virgens, vulneráveis e alquímicas. Segue um breve resumo das características dessa classificação e deusas.

1- As deusas virgens:

A deusa da caça e da lua, Ártemis; a da sabedoria e das artes, Atenas, e a da lareira, Héstia são consideradas deusas virgens, não por serem intocadas sexualmente, mas por serem independentes e ativas. Portanto, representam estas características nas mulheres. Virgem, significa "não pertencente ao homem", ou seja, não há dependência do homem e nem de sua aprovação. Por isso, não faz nada com a única finalidade de agradar a um homem, faz porque quer, porque sente que assim deve fazer; ela segue sua própria escala de valores que não foram afetados pela coletividade. As mulheres com aspectos das deusas virgens são aquelas que sacrificam os relacionamentos com os homens para relacionarem-se mais profundamente consigo próprias. Mas cada uma das Deusas virgens tem sua peculiaridade.
Ártemis apartou-se do convívio com os homens, e hoje podemos observá-la nas feministas convictas e nas mulheres extremamente rígidas e individualistas. Já, Atenas, não se apartou e conviveu com os homens como igual; é a mulher atual que compete, lado a lado, profissionalmente, com os homens. E, Héstia, é a que se retraiu e ficou sozinha. É a mulher que abandona a sua feminilidade assim evitando atrair o interesse masculino e se recolhe em tarefas diárias.

As deusas vulneráveis:

As três deusas vulneráveis são: Hera, deusa do casamento e que representa a esposa, Deméter, do cereal e que representa a mãe e Perséfone, do inferno que representa a filha.
São denominadas de vulneráveis, por Bolen, pois foram vitimadas de alguma forma por deuses ou humanos. São deusas orientadas para o relacionamento, sendo motivadas pelas recompensas que um relacionamento traz.
Sua percepção e consciência são difusas, percebendo tudo ao seu redor. Portanto, estão atentas aos estímulos sensoriais que o meio oferece. São capazes de perceber o tom emocional de uma conversa ou idéia; são sensíveis e empáticas com os outros.

A Deusa Alquímica:

Jean Shinoda Bolen, denominou Afrodite de deusa alquímica por seu grande poder de transformação, simbolizando o poder transformativo e criativo do amor. Ela, também, representa a composição harmoniosa entre os aspectos das deusas virgens e das vulneráveis. Não é vulnerável, pois jamais sofreu, seus relacionamentos eram correspondidos, e, não é virgem, pois valorizava as experiências emocionais e os relacionamentos, mas não como permanentes e duradouros. Ela impregna de beleza e amor os relacionamentos, não apenas os sexuais. Ela permite a empatia entre as pessoas. Ela visa seus próprios objetivos e interesses (consciência enfocada) sem abrir mão da receptividade ao outro. Ela pede pela conexão com o outro, pois, sem essa conexão nada se cria e, portanto, não há transformação.
Afrodite era capaz de acreditar no sonho de seus homens. Que o sonho era possível. Isto fazia com que eles se sentissem, realmente, importantes e especiais. Acreditar no sonho de alguém gera expectativas positivas no comportamento do outro, desperta o outro para o seu melhor. É uma atitude receptiva e doadora ao mesmo tempo, recebe-se o sonho e se encoraja o outro a buscar a realização. Isso confere segurança e dinamismo ao outro.

Como terapeuta percebo que raramente haverá uma única deusa na vivência de uma mulher, mas quando isso ocorre, encontramos um caso patológico, até mesmo uma psicose ou um caso fronteiriço, dependendo da força do ego da mulher. Via de regra, haverá uma deusa dominante e outras atuando secundariamente.

Bibliografia: As Deusas e A Mulher de Jean Shinoda Bolen
Texto de  CIRANDDA DA LUA encontrado em SOMOS TODOS UM 

Veja mais sobre as 7 Deusas e os Arquétipos Femininos nesses posts:







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