O Caminho do Meio

Durante seis anos, Siddhartha (o Buda) e os seus seguidores viveram em silêncio e nunca saíam da floresta.


Para beber, tinham a chuva; como comida, comiam um grão de arroz ou um caldo de musgo,ou as fezes de um pássaro que passasse. Estavam tentando dominar o sofrimento, tornando as suas mentes tão fortes que se esquecessem dos seus corpos.


Então, certo dia Siddhartha escutou um velho músico, num barco que passava, falando para o seu aluno...

"Se apertares esta corda demais, ela arrebenta; se a deixares solta demais, ela não toca."



De repente, Siddhartha percebeu de que estas palavras simples continham uma grande verdade, e que durante todos estes anos ele tinha seguido o caminho errado.


Se apertares esta corda demais, ela arrebenta; e se a deixares solta demais, ela não toca.

Uma aldeã ofereceu a Siddhartha a sua taça de arroz. Pela primeira vez em anos, ele provou uma alimentação apropriada.

Mas quando os ascetas viram o seu mestre banhar-se e comer como uma pessoa comum, sentiram-se traídos, como se Siddhartha tivesse desistido da grande procura pela iluminação.

Siddhartha os chamou e disse:

- Venham e comam comigo.

Os ascetas responderam:

- Traíste os teus votos, Siddhartha. Desistiu da procura. Não podemos continuar a te seguir. Não podemos continuar a aprender contigo.

Eles iam se retirando, quando Siddharta disse:

- Aprender é mudar. O caminho para a iluminação está no Caminho do Meio. É a linha entre todos os extremos opostos.

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O Caminho do Meio foi a grande verdade que Siddhartha descobriu, o caminho que ensinaria ao mundo.



Fonte: As Mais Belas Histórias Budistas

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